O desemprego em Canárias cresceu acentuadamente num ano. De cerca de 100 mil desempregados o arquipélago erspanhol viu crescer mais 66 mil, traduzindo numa subia de 66%. Deste modo, o desemprego nas ilhas Canárias é de 16%. Ou seja, 166.100 pessoas com possibilidade de trabalhar não conseguem encontrar emprego.
Só no segundo trimestre do corrente ano o desemprego agravou-se em 9,5% em relação aos três meses anteriores. Em números, foram mais 14.400 pessoas que perderam emprego.
Por sectores, nos meses de Abril, Maio e Junho (comparativamente aos três primeiros do ano), o dos Serviços foi aquele que inverteu a tendência, com -0,1%. Nos demais, o cenário é dramático, com o desemprego a crescer 50% na indústria, 40% na agricultura, e 23,7% na construção. Os desempregados à procura do primeiro emprego também subiram 12,6%.
Se a comparação assentar na vartiação anual, o panorama revela-se uma catástrofe, com a construção a ver subir o número de desempregados em 350%. Seguiu-se a indústria, com 172,7%.
O caso da Madeira
Sem querer estabelecer qualquer paralelismo, que não o dos números, podemos ter uma ideia da gravidade do desemprego em Canárias quando o comparamos, por exemplo, com os dados da Região Autónoma da Madeira.
Partindo do princípio que enquanto houver um desempregado é sempre negativo, podemos, no entanto verificar que o cenário por cá é menos penalizante que no arquipélago espanhol já que, no primeiro trimestre do ano, o desemprego na região se situou nos 6,2 por cento. Além de bem menor que nas ilhas Canárias, tem o condão de traduzir uma diminuição em relação ao anterior, que foi de 7%.
Além disso, desde Janeiro a Junho deste ano, apenas em Abril se registou um ligeiro aumento. Em todos os outros cinco meses do ano têm sido verificados decréscimos.
Aliás, na altura em que divulgou os dados do desemprego nacional, o próprio Instituto Nacional de Estaística sublinhou que a Madeira foi a região do país onde este indicador mais baixou.
No primeiro trimestre do ano, a taxa de desemprego no continente éra de 7,7% e a média nacional era de 7,6%.
Fonte: JM
