Não há fome que não dê em fartura, diz o velho ditado. E no caso da Linha de Crédito Bonificada destinada a financiar as micro, pequenas e médias empresas da Madeira, lançada ao mercado a 29 de Outubro último, a frase serve na perfeição, já que neste momento estão suspensas as candidaturas aos 20 milhões de euros disponibilizados.
A informação está bem expressa na página online do Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE-RAM) de uma forma liminar: “Linha de Crédito PME Madeira – A recepção de novas candidaturas encontra-se suspensa”, diz o texto. O DIÁRIO quis saber a razão e da Vice-presidência do Governo Regional, que tutela o Instituto, a confirmação e explicação de que entraram tantas candidaturas que o IDE-RAM decidiu suspender o processo, para analisar os que já recebeu, para depois voltar a aceitar mais projectos.
Sem dar um número exacto, fica a certeza de que a linha de crédito, cujas candidaturas passam pelos dez bancos e pelo sistema nacional de Garantia Mútua, que depois as enviam ao IDE, vem no momento exacto para muitas empresas.
A questão é que o prazo de entrega de pedidos de empréstimo bonificado termina no último dia de 2008, o que poderá deixar pouco tempo a novos candidatos. Outra conclusão que se pode tirar destes 15 dias, desde a apresentação do programa (ver edição do DIÁRIO de 30 de Outubro de 2008), é que a linha de crédito acaba por ser uma boa solução para muitas empresas em dificuldade ou sem hipóteses de recorrer ao crédito bancário normal.
São 20 milhões de euros disponíveis para PMEs com sede na Região que tenham até 250 trabalhadores e até 50 milhões de euros de negócios. Os que sejam considerados elegíveis aos fundos não podem exceder os 500 mil euros por projecto, com a garantia de um incentivo público que paga 1% da taxa Euribor a três meses e todo o ‘spread’, entre outras vantagens. Todos as empresas dos sectores secundário e terciário podem recorrer.