O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu hoje o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, manifestando a sua convicção que é uma “meta para o futuro” que não demorará muito a ser definida.
“É preciso mobilizar todos, unir todos em torno de uma grande ambição, de uma meta para o futuro, que estou convencido que irá ser definida não daqui a muito tempo: 12 anos de escolaridade”, afirmou Cavaco Silva, na cerimónia de inauguração das obras de modernização realizadas na Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa.
Considerando o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano como “fundamental para o desenvolvimento e progresso” do país, o chefe de Estado recordou estudos já realizados e que revelam que os salários dos trabalhadores que concluíram o ensino secundário são “significativamente mais elevados” dos daqueles que apenas completaram o ensino básico.
Na sexta-feira, a ministra da Educação afirmou, em Gaia, que poderá ser desnecessário alargar a escolaridade obrigatória para 12 anos, como estava previsto no programa do Governo.
“Se as condições forem tão boas, se a resposta das escolas for tão boa como está a ser, provavelmente nem será necessário tornar obrigatório o 12º ano”, afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, à margem da comemoração do “Dia do Diploma”, na escola secundária Almeida Garrett, em Gaia.
Segundo referiu, desde que este Governo está no poder, foram criadas “todas as condições para que as escolas possam responder ao desafio de ter todos os alunos a fazer o ensino secundário”.